NOTA:
Também por esta razão é fundamental aumentar salários, reformas e prestações sociais
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https://www.leak.pt/faturas-de-energia/
Faturas de
energia ficam ainda mais pesadas no orçamento mensal
um assunto recente. Aliás, muito pelo contrário. Durante os últimos meses, o mercado energético tem enfrentado momentos de grande instabilidade. Agora as coisas poderão piorar! De facto, já em 2020 havia grandes indícios disso como revela a empresa Selectra que analisou a fundo os dados da PORDATA.
No entanto o maior peso da fatura mensal não se deve apenas ao aumento no custo da energia. De facto, nós, enquanto consumidores, temos uma grande responsabilidade nisso. É que ao longo dos anos, o consumo de eletricidade por habitação tem vindo a disparar como consequência da crescente aquisição de aparelhos tecnológicos por parte dos consumidores. Isto naturalmente resultou também num aumento do valor das suas despesas de energia.
Mas há um grande problema…
O rendimento mensal dos portugueses não parece estar a conseguir acompanhar esta tendência, uma vez que as despesas com a eletricidade tendem a ocupar uma percentagem cada vez maior no seu orçamento.
Qual a comparação entre o custo médio das faturas de energia e o rendimento médio mensal das famílias?
Ainda não podemos responder a isto com os dados deste ano. Isto porque está tudo dependente da atualização da PORDATA como explica a Selectra. Ainda assim conseguimos ter uma boa ideia do que se está a passar recorrendo a dados dos anos anteriores.
Segundo dados do PORDATA, cada habitante doméstico consumiu mensalmente entre 90 a 200 kWh de energia. No entanto, e por se tratarem de valores bastante díspares, a Selectra optou por centrar-se apenas em três cidade para a realização deste estudo: Porto com um consumo por habitante de 165.775 /kWh, Lisboa com 117.716 /kWh e Faro, 134.566 /kWh.
Supondo que estes consumidores pertenciam ao mercado regulado de energia, e o preço por kWh em 2020 era de 0.1543€, um residente em Lisboa iria ter de pagar 18,16€ unicamente pelo seu consumo de energia, um portuense, 25,58€ e a um habitante de faro, seriam-lhe cobrados 20,76€.
Mas o que é que estes valores significam?
Imagine o caso de três famílias, ambas com 2 filhos e com cada elemento do casal a receber o rendimento médio mensal, ou seja, 1.266€ brutos (segundo dados do INE), o que iria resultar em cerca de 929,74€ de salário líquido.
Todas estas famílias fictícias pertenciam ao mercado regulado de energia e tinham um consumo energético semelhante, não só entre o mesmo agregado familiar como também entre elas, sendo que a única diferença é que uma residia em Lisboa, outra no Porto e a última em Faro.
Considerando os valores de consumo referidos em cima, e fazendo os cálculos já incluindo o valor dos impostos (IVA 23%) e o preço pago por uma potência contratada de 6.9 kVA (9,60€/mês), a fatura de energia da família residente em Lisboa rondaria os 101€, a do Porto, 137€ e a de Faro, 113€.
Por si só, estas quantias já parecem bastante elevadas, mas comparativamente ao rendimento médio mensal de cada família (aproximadamente 1.859€), a fatura da luz em 2020 representava 5,44% do orçamento da que vivia na capital, 7,40% da residente no Porto e 6,13% da que morava em Faro.
Se esta estimativa não é, já por si portadora de boas notícias, este panorama não tem perspetiva de se tornar mais atrativo.
De facto tudo vai aumentar e vamos chegar a uma altura em que vamos mesmo ter de recorrer a algumas formas de pouparmos energia.
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