Na defesa das pegadas de dinossauro de Ourém–Torres Novas
Petição pública, dinamizada pelo professor António Galopim de Carvalho, exige a criação de um projecto científico, pedagógico, lúdico e turístico para as pegadas de Ourém–Torres Novas.
Situado no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, o Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios de Ourém–Torres Novas contém um importante espólio fóssil do período Jurássico, incluindo pegadas dinossauros saurópodes, alguns dos maiores seres vivos que alguma vez existiram no planeta.
A petição, que pretende alcançar as 4000 assinaturas necessárias para a levar à discussão na Assembleia da República, solicita a criação de «um projecto para este espaço, envolvendo, em especial, as componentes científica, pedagógica, lúdica e turística de superior qualidade, a nível internacional».
Nas suas redes sociais, o professor António Galopim de Carvalho, professor jubilado e director emérito do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, realça a «raridade e o significado geológico e paleontológico desta jazida do Jurássico, com cerca 275 milhões de anos».
São «cerca de 400 pegadas de grandes saurópodes, muitas delas bem conservadas e organizadas em 20 trilhos, tendo dois deles mais de 140 metros. A estas excepcionais características, acresce «a grandiosidade e espectacularidade da jazida, no topo de uma única camada de calcário com 62 500 m2 de superfície».
Consideram os subscritores que aquela zona dispõe de uma extensa área envolvente, susceptível de «comportar diversos equipamentos complementares». «Na posse de um património com tais potencialidades, Portugal pode e deve dar-lhe o tratamento que se impõe». A petição recolheu, até ao momento, 2900 assinaturas.
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